INDUBITÁVEL VIVER

Há noites em que me espanto e desencanto , procuro um lenço...

é pouco pra muito pranto , escorre o choro da alma , o espírito nu ,

trêmulo com a geada das recordações , o sono anda e custo a pega-lo ,

busco uma sombra para aquecer meu "suposto" corpo .

Na penumbra do dia trombo , tropeço e peço , cai num abismo e o fim é

o começo , de todos os sonhos e pesadelos já nem me lembro , na

escuridão vasta pairam minhas pernas , dos meus olhos já nem sei .

Contraditório e claro é o enxergar , é e não é , passado o escuro saio

forte , vislumbro além do necessário , é preciso ser cego para enxergar .

LABA
Enviado por LABA em 18/07/2013
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