Soldados

A insensatez dos homens

Como soldados de guerra

Escrevendo poemas e capítulos com suas baionetas muito bem desenhadas

Como marionetes, empregadas para o mal, cegas e moribundas

Tal como nós, zumbis, de classe em classe vegetando no mundo animal racional

Pobre do burro, jumento e doutor

Pobre do arrogante, do povo multi-cor e do novo-rico

Pobre do burguês sofredor

Do que tem a cama somente e sempre vazia

E sua mente, pobre, inanimada e torcida pelas teias do destino de uma nação

Pobre do dominado, pobre do colonizado

Pobre das massas sem um DEUS que os guie e os celebre

Pobre da pirâmide mal utilizada

Pobre da elite infantil e trôpega

Pobre de nós, pobre dos sem fé

Cegos, descoloridos e sempre temerosos

A montanha mais alta me leva ao mais alto dos cumes

E me faz ver colônias de bactérias mal desenhadas

Me faz ver o vermelho, o verde infestado e o podre odor de sentimentos

E quando eu vejo gente amarela passando sobre minha mente

Eu vejo vozes e uivos de lobos famintos, e sedentos de dominação

Eu vejo cidades perdidas e o caos dominado

Eu vejo um futuro bom e perfeito,

Como a segunda opção, e somente a segunda opção

Eu vejo festas, mas não vejo alegria

Eu vejo sorrisos, mas não vejo coração

Eu sinto dor, eu sinto fome,

Mas não ouço oração

Eu vejo um mundo sujo e sem pudor

Eu vejo a oração, eu vejo a PAZ

Eu vejo DEUS, dentro de mim e de você!