Sou a noite mal compreendida
No relento da minha angústia eu dou as costas ao mundo e busco palavras para escrever o que não posso falar enquanto me afogo em lágrimas...
Sou o silêncio mórbido dos gritos abafados
A lacuna entre sua presença e o meu sorriso
Um espaço reservado tão imenso
O frio triste carregado pelos ventos
A dor maior que plantada criou raízes
Aquele amigo que sempre fez o melhor para te deixar bem
E você o magoou e esqueceu tão covardemente...
Sou a decepção em versos
O último poema sem nexo
A corrente quebrada sem esforço
Pingente pequeno jogado no poço
Alma triste e um coração arrancado
Como não foi fácil entender essas respostas vazias
O porquê de você não estar aqui do meu lado...
Sou a tristeza
Meu mundo se perdeu cheio de conflitos e incertezas
A bala que me matou
Foi uma overdose de indiferença desenfreada
Uma palavra
Uma fala
Um motivo que rompeu o espaço e nunca mais voltou...
Sou a reflexão contida
Nunca lida por ti princesa ingrata,
Sou a noite mal compreendida.
Raios de fantasia passeiam pelas folhas enquanto mantenho um sorriso distante já morto.