Estranhas borboletas
Estranho, não me olhe com se olhasse seu quintal.
Não me olhe com os olhos do seu mundo
Você não reconhece meus olhares familiares
Não se ofusque com intensidade da retina dos meus olhos
Você não sabe onde está meu colo
Só viu minha nuance na fúria do seu mundo
Não seja tão breve, não seja reticente, há tesouros desconhecidos ainda.
Mas voe e voe alto para ver que existe mais além dos seus olhos de águia
Não precisa entender, basta focalizar.
E verá um mundo novo
Nem preciso te mostrar, basta olhar para dentro.
Está tudo lá
Como destino
Como caminho
Como conquista
Quanta vez mostrou quão clara pode ser o dia
Quão dúbia pode ser a sombra
Apenas me escute
Apenas sinta sua percepção
Sua intuição
Estranho....... Não fique perdido em sombras
Se encontre, se enxergue.
Não precisa de aprovação
Não precisa sedução
Não desperdice tuas pérolas
Acomodem elas ao teu colo
Que as borboletas viram
Farão dança ao teu redor
Demonstrarão cores de infinita sedução
Alardearão aos cantos
Quão bela é sua acomodação
Não se deixe levar por tamanha sedução
Apenas deite em seu quinhão
Que lá elas estarão
Para sua doce proteção
Dentro de tua aprovação
Eliminando sua orientação
Tornando-se estranhas em seu ninho
Fincando garras em sua distração
Arrastando tuas escondidas vontades ao sonífero contínuo e incerto de tuas estranhas sensações
De tuas libidinosas atrações
No doce embalo de bonitas e encantadoras borboletas!
31/03/007