Desejo de Expirar-me

Macilento pântano das ideias gastas

Movem-se invisíveis pelo encéfalo, doente,

Pelas linhas dos pensamentos da matéria finita

Para dar forma à minha realidade dolente

Mergulhado na melancolia poética

Em que os espíritos filosóficos se afogam

Na realidade nefanda das angustias da reflexão

Nódoas tatuam nos olhos o brilho da profunda solidão

Nos recônditos infinitos de meu ser

Esconde-se a verdade de todas as substâncias

Em cada molécula de minha matéria finita

Sou o panteísmo que se funde ao universo das coisas viventes

Ah! Profundo desejo de expirar-me

Desvanecer-me da mesquinhez que se preocupam os vivos

E voltar a ser o infinito reino dos que já foram

Para dormir no berço dos que ainda virão...

Nishi Joichiro
Enviado por Nishi Joichiro em 12/07/2013
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