Nobreza das letras

Como cume de montanha coberta em nuvens que reaparece e exibe sua majestade convencida de sua opulência.

Com pretensão reconhece-se em linhas traçadas com sutil beleza

Alarga o coração para que caibam outras palavras largadas, perdidas, arrancadas, roubadas, reencontradas.

Abre os olhos e liberta a mente refazendo o exercício de sorrir de forma gratuíta, explícita e também espreita.

Remoendo sonhos que gera caminhos, constroem castelos, edificam vidas.

.

Refaz com simplicidade escalada dolorosas

Confiante em sua cobertura verde, inocente e fácil de mastigar.

Por saber que isso é de valor inestimável,

Relaxa e usufrui de sua condição de unidade

Faz a meta e absorve a conseqüência

Faz-se sem precisar de aprovação

Apenas impõe

Suba se suficiente viril for

Espere se reconhece o valor de um momento breve

Esforce teus sentidos se sabe qual a grandeza existe em olhar através de uma grande bruma

Ali estará

Por detrás de densa neblina

Por que és valiosa

Aparece pouco, suficiente.

Nem precisa de tanto

Pois és absoluta

Com nobreza

Com alteza

Também com suficiente soberba

Descobre almas coitadas

Alimenta perdidas

Desencontradas

Sugadas, esvaziadas

Nem precisa delas

Porém ainda está junto a elas

Oh quanta necessidade de tão pouco

Quanta desprezível acomoda

São peões de seu tabuleiro

Pensa que protegem seu castelo

Mas caem ante aos seus cavalos

Ah, quanta necessidade de pouco.

Oh quanta inútil fortaleza

Vós sois Reis

Liberta-se da plebe.

Deixe os vassalos

Lembra-te da história

Por que nela ficarás

Seja apenas nosso filósofo

E aquele que deles serás

Oh grande realeza!

Lyra 31/03/007