Paradoxais poemas de um poeta em Piracicaba (2013)

jEsis alguns Clerihews:

Meu filho, não retrucas

Tu és como nuncas

aqui, em meu ser, o coração

tem muita comoção.

Benjamim Frankhin,

viajou até Furklin,

Mil raios parou em invenção

pois estudos eletros em ação.

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Não inquietes

por um instante

ao paradoxo errante...

Não ocorre em vão...

de que o colosso queda-se?

No colossal abismo a abismar-se

indaga a voz interior: "de onde viste

sairem vozes outras, não uníssonas?

Ficam-nos aladas

formas, algumas

esquecidas, outras,

porém, invadem

nossos sonhos

em brasas,

outras vias,

em cinzas,

resvalem

premissas

crispas

interiores

talvez,

nesses olhos

a expressarem...

Não te inquietes

Porque "mira a la luz

de frente

y las sombras

quedaram a tus espaldas"

(Pensar em Idel Becker, em Manual de Espahol. Nobel, SP.)

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Só nada sei de que sei algo um pouco mais... nada à vaidade!

Que paradoxao

Paradoxal

é distinguir

o método

disciplinar

e o transdisciplinar;

ter esta ambiguidade;

ter limite para aprender

e ir além de limites

para inventar e superar-se

nas ciências, esportes, artes

e ir além de si!

E das duas alcançar

a interdisciplinaridade:

o diálogo entre os saberes.

Mas, como dialogar

se não sei

se não sei algum saber?

É preciso ter sabor

e pensar o pensado

sem que alguém pensar por mim

e viver para humanizarmos

como "pequenos candidatos

à humanidade" (Hanna Arendt, 1906-1975)

nas humanidades

nas exatas

nas biomédicas

nas tecnológicas novas eras

nas espaciais ciências

com ética, ousadia e criatividade,

vivendo o instante presente drummondiano

preguiçosamente marioandradiano

chupando caquis adeliapradiano

doando sangue milagreano

vivendo omilagre, o silêncio marioquintano:

"Tão bom viver dia a dia...

A vida, assim, jamais cansa..." (Antologia poética de Mario Quintana, 2004, p. 22, de Walmir Ayala (org.).

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 03/07/2013
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