Asilo
Autor: João Geraldo Orzenn Mattozo
(pseudônimo: Aprendiz Parnanguara)
Os destinos das pessoas parecem traçados...
Não entendo bem disso ou daquilo,
Cada ser que conheço parece um silo,
Uns, vazios, sem nada, outros, plenos, lotados!
Às vezes nossos peitos estão apertados,
Nossa sensibilidade a zero, nenhum quilo,
Pensamos que, tudo que nos vem, é um grilo,
Sentimo-nos num buraco negro, sufocados!
A franzina senhora, olhos fofos em mim fitados,
Disse-me baixinho: - Preciso de ajuda meu filho,
Diga-me, como faço para fugir deste triste asilo,
Não agüento mais esta vida! Vi-os desanimados...
Fiquei sem chão, o que dizer àquela senhora,
Se somos amparados desde a tenra idade,
Acalentados com amor para a nossa dignidade,
Acaso o amor é uma flor que velha se joga fora?
A alma daquela pobrezinha até agora chora,
Não quer conselho, não quer piedade,
Custa muito olhar o presente, oh! Mocidade!
Quanta gente à nossa volta amor implora!
Aquela meiga senhora que no asilo mora,
Ensinou-me que amar deve ser com propriedade,
Que amar é amparar, é abraçar forte com sinceridade,
Amar a Deus é dar amor aos velhinhos do asilo agora!
Eles tem necessidade de tudo, falta-lhes tudo...
Sobretudo, falta um abraço, uma palavra amiga...
“Suporta carregar inúmeras vezes seu peso, uma formiga,
O ser humano não agüenta seu próprio peso, contudo!”
Autor: João Geraldo Orzenn Mattozo
(pseudônimo: Aprendiz Parnanguara)
Os destinos das pessoas parecem traçados...
Não entendo bem disso ou daquilo,
Cada ser que conheço parece um silo,
Uns, vazios, sem nada, outros, plenos, lotados!
Às vezes nossos peitos estão apertados,
Nossa sensibilidade a zero, nenhum quilo,
Pensamos que, tudo que nos vem, é um grilo,
Sentimo-nos num buraco negro, sufocados!
A franzina senhora, olhos fofos em mim fitados,
Disse-me baixinho: - Preciso de ajuda meu filho,
Diga-me, como faço para fugir deste triste asilo,
Não agüento mais esta vida! Vi-os desanimados...
Fiquei sem chão, o que dizer àquela senhora,
Se somos amparados desde a tenra idade,
Acalentados com amor para a nossa dignidade,
Acaso o amor é uma flor que velha se joga fora?
A alma daquela pobrezinha até agora chora,
Não quer conselho, não quer piedade,
Custa muito olhar o presente, oh! Mocidade!
Quanta gente à nossa volta amor implora!
Aquela meiga senhora que no asilo mora,
Ensinou-me que amar deve ser com propriedade,
Que amar é amparar, é abraçar forte com sinceridade,
Amar a Deus é dar amor aos velhinhos do asilo agora!
Eles tem necessidade de tudo, falta-lhes tudo...
Sobretudo, falta um abraço, uma palavra amiga...
“Suporta carregar inúmeras vezes seu peso, uma formiga,
O ser humano não agüenta seu próprio peso, contudo!”