A MORTE E EU
A morte me chama
A morte me quer e me ama.
A morte me penetra na cama.
A morte me viola e me ganha.
A morte me seduz com manha.
A morte me arde em chamas
Me saúda em brados
E me larga em cinzas
Ou em cova rasa.
A morte não me importa
como aja,
Sorrateira como naja
Ou como pá que cava.
Da morte só me importa
O que vem depois da morte.
Queria mesmo
Era morrer.
Vivo por covardia.
Viva a covardia!