EFÊMERA METAMORFOSE

Às vezes, só às vezes,
queria ser como uma borboleta...
Deixar o efêmero casulo para trás
e alçar voo!...
Liberdade, rumo ao nada!
Voar! Voar!...
Integrar-me à natureza multicolor!
Sem correntes, sem obstáculos, sem fronteiras,
sem...!
Ah, sonhar!...
Sentir a carícia do Vento em meu corpo,
calidamente pousar na mais belas das flores
e banhar-me em sua flagrância!
E depois novo voo!...
Mares, alpes, vales...!
Sobram-me desejos, todos tolos!
Hiberno nesse casulo
onde arrasto-me pelos dias na lentidão
do tempo que se acelera
para a metamorfose
não almejada.


HERMÍNIA ROHEN
Enviado por HERMÍNIA ROHEN em 28/06/2013
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