VISÃO DO BASCULANTE
Do basculante do meu quarto
Que se vira para o leste
Vejo um lindo plenilúnio...
Lua, luar, “luão”...
A clarear meu sertão...
Uma bola incandescente...
Meio prata meio ouro
Parece que anuncia o inverno
Faz-se sonho o meu tesouro...
E me agasalha no frio sendo meu terno...
Não preciso nem pensar
E ela já me vem à mente...
A mulher dos meus encantos
Não me abandona, mormente.
Foi-se embora, mas me acompanha premente...
Está lá, no alto do céu,
Entre azuis, desde o mais claro,
Até o mais marinho...
Mesma Lua que me prende
À presente ausência crua...
A mesma Lua que se olha
Que se vira para o leste
Vejo um lindo plenilúnio...
Lua, luar, “luão”...
A clarear meu sertão...
Uma bola incandescente...
Meio prata meio ouro
Parece que anuncia o inverno
Faz-se sonho o meu tesouro...
E me agasalha no frio sendo meu terno...
Não preciso nem pensar
E ela já me vem à mente...
A mulher dos meus encantos
Não me abandona, mormente.
Foi-se embora, mas me acompanha premente...
Está lá, no alto do céu,
Entre azuis, desde o mais claro,
Até o mais marinho...
Mesma Lua que me prende
À presente ausência crua...
A mesma Lua que se olha
No espelho do oceano...
Única de tão permanente
Do litoral ao sertão...
Do litoral ao sertão...
A que não haja tanta sofreguidão.