QUEM SÃO ESSES HOMENS DE TERNO E GRAVATA
O homem nunca será eterno,
O mundo agora está moderno...
Um pouco de calor neste inverno.
Maldito homem de gravata e terno!
Os escândalos ainda estão por vir,
Não espere por tranqüilidade,
Olhe bem, onde está a sua comodidade?
Nós os colocamos lá no poder,
Agora o que fazemos é reclamar,
Protestar n’um tosco desabafar...
Eles nos pedem acenando as mãos abertas_
Quando chegam lá em cima,
Negam-nos, lavam as mãos
Para não terem que se lembrar de nada...
Desconfiados eles são mais do que nós,
Mesmo assim os aplaudimos.
_ Diga-me, o que tu farás por nós
Quando lá no poder tu estiveres?
Creio que não cumprirás o prometido,
Quando descalço pisavas na lama,
Sorrindo como se estivesse contente,
Como se fosse morador do bairro.
Carregaste uma criança no colo,
Agora seguras uma caneta,
Com ela assinas nossa sentença,
De esperarmos por mais quatro anos...
Promessas que não nos ajudam em nada!