Aqueles Velhos Olhos

Aqueles velhos olhos

estão a admirar,

refletindo sobre as

coisas que virão.

Eis que esperam;

mas, sem viajar.

Não há neles sombra,

para a ilusão.

Aqueles velhos desejos

parecem esfriar;

porém, de qualquer forma

não se desfazem.

O devaneio é o último

a se entregar;

e, dele, todos os

sentimentos nascem.

Aquelas belas vozes,

que não se calam,

dançam ao pé de meus

ouvidos.

Perto delas, os medos

se separam

de uma vez por todas,

dos meus sentidos.