A casa, a menina e a rosa
Uma simples alusão ao livro:
Não se esqueçam da rosa, de Giselda Laporta Nicolelis
A velha casa ali parada
à ruína está fadada,
um sepulcro do que foi escoado
por um exíguo tempo foi povoado.
Olhos tristes e desolados, ali fora seu asilo
traga as cinzas da memória de um fatídico júbilo,
em movimentos de vai e vem, brande a balança
uma ciranda em sua mente, ao som de uma nova dança.
Curiosa no fundo da casa, a menina avista um jardim
rouba a mais bela rosa, com sua pequena mão de Sadim,
o escarlate vira um negro crepúsculo
e de seu corpo, ruge o último músculo.
Pela incredulidade e prepotência do mundo
jaz a casa, a menina e a rosa
na sucção de um adeus profundo.