Desviei meus olhos
Desconheci a carne do meus ossos
E a vontade que me dá de respirar
Desconheci o medo que me sufoca
O ódio que me faz levantar
Desviei a carne que me cobre
O sangue que me flui
O tempo que me endurece
O vento que me faz recordar
Desvivei tudo que me cobre,
Tudo que me olha com pena e desgosto
O que me leva até o inferno,
E o que me coloca diante dele
Desconheci o que me traz pena
Sem querer que eu ande pra trás dele
Desconheci o senhor de todos os danos da vida
E por sorte sai de tudo que não me deixou em paz.