Humanos
Havia naqueles seres algo peculiar.
Não eram como os outros.
Insistiam em ser diferentes, não de forma forçosa,
Apenas eram. E por ser, assim eram.
Curiosa natureza, com olhos decadentes, faz sentido,
São humanos. Humanos de Belos olhos.
De facetas incrédulas.
Que caem e decaem sobre o que é; Foram; São.
Olhe nos olhos da estranheza e note:
Há paz. Há vida. Há ser.
Há essência.
Coisa que falta, em excesso, no mundo
Nas coisas, nas pessoas.
É deles, foi dado a eles, o direito de coagir
De existir
De mensurar e sentir
É deles
O direito de existir.
A singularidade é própria,
Os sentimentos, são vastos
As palavras, são violentas
Os olhos, são assim,
Vivos.
Falta-lhes vida, enquanto nos outros, falta-lhe razão.
Foram feitos a mão.
Os humanos de paixão.