ARADO

Que tempo é este já tombado

Sob a sombra d’um dia que perece?

Cansaço cruel, fadiga disseminando dor_

Passos, pessoas moribundas nas calçadas_

O homem tão predador da própria espécie,

Impondo a sua tirania que nos corrói...

O homem nascido de entranhas torna-se mal,

Goteja gota a gota o seu ódio venenoso,

Iludi os necessitados (assalariados),

Trabalhadores sob o fado pesado da opressão,

Para ceifar suas vidas no tempo da colheita,

Degolando-os com o ferro amolado da foice!

O peito cansado, dorido e oprimido...

Teus descendentes padecem sob os descasos

Dos manipuladores que administram mal as gestões_

Queres boa escola com ótimo ensino para o teu filho,

Que possa lhe dá um pouco de estudo e dignidade,

Para então viver uma vida de honestidade?

(O homem não tem nenhuma transparência)

Dia eclipsado pelo cansaço mortal do labor...

O teu coração partido agora sangra,

Só te resta permanecer consternado_

Para aonde tu vás meu camarada?

Lavra a terra que um dia há de te guardar...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 18/06/2013
Código do texto: T4347590
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