ARADO
Que tempo é este já tombado
Sob a sombra d’um dia que perece?
Cansaço cruel, fadiga disseminando dor_
Passos, pessoas moribundas nas calçadas_
O homem tão predador da própria espécie,
Impondo a sua tirania que nos corrói...
O homem nascido de entranhas torna-se mal,
Goteja gota a gota o seu ódio venenoso,
Iludi os necessitados (assalariados),
Trabalhadores sob o fado pesado da opressão,
Para ceifar suas vidas no tempo da colheita,
Degolando-os com o ferro amolado da foice!
O peito cansado, dorido e oprimido...
Teus descendentes padecem sob os descasos
Dos manipuladores que administram mal as gestões_
Queres boa escola com ótimo ensino para o teu filho,
Que possa lhe dá um pouco de estudo e dignidade,
Para então viver uma vida de honestidade?
(O homem não tem nenhuma transparência)
Dia eclipsado pelo cansaço mortal do labor...
O teu coração partido agora sangra,
Só te resta permanecer consternado_
Para aonde tu vás meu camarada?
Lavra a terra que um dia há de te guardar...