MEUS MARCOS
Habita-me emaranhado de verdades.
Que se odeiam em viver se amando;
ora incham, sufocando as parceiras,
ora murcham, em renúncia de espaços.
São incompletas inconclusas dependentes,
mas pensam bastar-se sós.
São meus marcos,
meus provimentos e perdições,
são meus barcos à deriva,
atores sem texto me encenando a vida.
No bacanal de tantas verdades,
as arrogantes comem as submissas
e urram de orgasmos e indigestões.