MEUS MARCOS

Habita-me emaranhado de verdades.

Que se odeiam em viver se amando;

ora incham, sufocando as parceiras,

ora murcham, em renúncia de espaços.

São incompletas inconclusas dependentes,

mas pensam bastar-se sós.

São meus marcos,

meus provimentos e perdições,

são meus barcos à deriva,

atores sem texto me encenando a vida.

No bacanal de tantas verdades,

as arrogantes comem as submissas

e urram de orgasmos e indigestões.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 16/06/2013
Reeditado em 25/05/2015
Código do texto: T4343856
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.