No princípio era a Física...
Por que o medo, se a fome de significados escapa a todo instante?
No VÁCUO um risco assalta e desliza sem preencher a pulsação do espaço. Campos do indizível são atravessados e partículas inquietas rearranjam trajetórias para manter a gravidade arisca dos nossos passos.
Do horizonte o VAZIO é capacidade... grita para conter “algo” que, sem a tal gravidade, sabe caber. Nosso eco existe nesse lugar? Semeadores de outros campos são encontrados.
No NADA que nos mantém, o vir-a-ser se esconde e o signo da ausência “tudo” respira. Solenemente bebe do néctar desconhecido revelado na inexistência.
Ao longe somos nós: mente que atua, recua... no lodo magnético brinca entre as crias... e o fenômeno nasce como fato em composição.
A Impermanência recria a si.
Resta-nos a fome paradoxal... das escolhas!