TEMPO, TEMPO, TEMPO ...
Nem sempre ele é o melhor remédio,
Sua memória é inapagável.
Gravado, tatuado
No meu ser
Me faz recordar em doses fatais,
Saudades boas e tristes me enlouquecem.
Não quero overdosar nelas,
Não posso!
Quero sim
Por demais esquecer
Sentimentos que não desejo remoer
Nem risos e lágrimas indescritíveis
Que um dia ...
Maldito tempo que trás flashbacks
Daquilo que já virou história
e arquivado há bom tempo
No fundo do meu baú.
Procuro não remexer
Pois quanto mais eu mexo e fuço
Mais o cheirinho do passado exala.
Sinto texturas,
Revejo velhas lembranças
Registradas nas fotos, cartas,
frasco de lavanda, souvenirs ...
Não quero retroceder
Nem tão pouco avançar
Quero parar ...
Quero sentir intensamente
O meu viver!
O AGORA!