ETERNO
Quando passo pelo vale
E vejo as flores no mesmo lugar
Com as mesmas cores vibrantes
E perfume desconcertante
Ou quando passo perto do mar
E enquanto ando um reflexo me persegue
Ora um menino, ora um homem e por ultimo um velho
Mas sempre com o mesmo olhar
Olhos de quem ainda consegue se surpreender
E brilharem como o céu
E chorarem como a chuva que cai do céu...
Mas quando lembro dela
Minha lembrança é sempre de uma menina de vinte e poucos anos
Que sorriu pra mim
E entre beijos me disse pra não se preocupar tanto com a morte
- Afinal, o leme que conduz o barco
Mas sem o homem ele não se movimenta!
Tolo! Não havia compreendido essa frase
Mas só agora a entendo
O fim só existe quando acreditamos nele
Sim. Aquele beijo que não teve cenário nem tempo
Apenas eu e ela
Aquele sorriso que dentre tantos foi único
O dia do meu casamento
Um outro dia em que soube que iria ser pai
E quando escrevi esse poema
Tudo isso nunca terá fim...