ETERNO

Quando passo pelo vale

E vejo as flores no mesmo lugar

Com as mesmas cores vibrantes

E perfume desconcertante

Ou quando passo perto do mar

E enquanto ando um reflexo me persegue

Ora um menino, ora um homem e por ultimo um velho

Mas sempre com o mesmo olhar

Olhos de quem ainda consegue se surpreender

E brilharem como o céu

E chorarem como a chuva que cai do céu...

Mas quando lembro dela

Minha lembrança é sempre de uma menina de vinte e poucos anos

Que sorriu pra mim

E entre beijos me disse pra não se preocupar tanto com a morte

- Afinal, o leme que conduz o barco

Mas sem o homem ele não se movimenta!

Tolo! Não havia compreendido essa frase

Mas só agora a entendo

O fim só existe quando acreditamos nele

Sim. Aquele beijo que não teve cenário nem tempo

Apenas eu e ela

Aquele sorriso que dentre tantos foi único

O dia do meu casamento

Um outro dia em que soube que iria ser pai

E quando escrevi esse poema

Tudo isso nunca terá fim...

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 09/06/2013
Reeditado em 09/06/2013
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