OUTRA VEZ, O PARAISO

Nada mais é preciso,

sou estopim que espera a chama,

conheço seus sinais que me queimam, me inflama,

e,eu fico assim, tonto, sonhando outra vez, com o paraíso!...

Silencioso como um vulcão que descansa

são minhas fagulhas que compõe o que não esqueço,

sou humano, tenho visões, eu me iludo e não teria graça,

se eu não sentisse em mim essa vibração que eu bem conheço!...

Não, ninguém pode saber de mim se eu não quiser,

acertar o que penso é fácil dependendo de quem,

e não existe alguém além de ti, por tudo que eu disser,

que conhece a minha alma e o meu coração tão bem!...

Queres que eu saiba o que ja sei, sem falsa modéstia,

nunca acreditei que fosse ao contrário, era impossível,

meu peito, inflado de amor e, minha alma, antes doentia

canta agora o canto maior, o canto do amor plausível!...

E por perceber que, apesar de tudo, ainda não morri,

e que todo o passado pode ainda não estar perdido

não posso negar que foi ruim o que sozinho sofri,

tudo, porém, está perdoado, nada ainda foi esquecido!...

Podemos sim, depois, esquecer e fazer novos planos,

porquê o perdão é sublime se não for da boca pra fora,

toda angustia e tristezas terão de ir de vez embora,

pra vivermos juntos, sem amarguras e desenganos!...

Que tal então, dizer palavras que só nós conhecemos,

para, de alegria, eu possa voar na imensidão do universo,

consagrar o grande amor que eu canto em cada verso,

uma justa recompensa pelo tempo que perdemos?...

Joel A Silva
Enviado por Joel A Silva em 03/06/2013
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