DEMÊNCIA
Continuando o raciocínio
De meu grande amigo
O poeta Pedro Nogueira
Lá vai a minha deixa
Eu não nasci bicho do mato
Mas trago no coração todo o tato
De saber respeitar a mãe terra
Isso é o mínimo que de nós ela espera
Anda o bicho homem
A cuspir no prato que come
Sabe que não vive sem respirar
E mesmo assim polui o ar
Continuando sua estupidez
Promovendo a devastação
E sem a menor polidez
Destrói a vegetação
A água então nem se fala
Uma preciosidade que a nada se compara
Alimento, energia, vida
E o homem usufrui, polui e brinda
Dizem que dos reinos existentes
O animal é o mais importante
Só porque no topo da cadeia
O homem diz que reina
Ninguém pode negar é a real soberania
Do onipotente reino mineral
Imaginem só um grão de areia
Ser mais importante que o homem racional
Não é mesmo uma ironia
Mas isso não é visto com simpatia
E o homem destrói e bate o pé
Só para afirmar qual poderoso ele é
Enquanto isso a terra ri e morre
E em sua simplicidade ainda nos acolhe
Fértil, rica, viril e linda
Lutando para sustentar tanta vida
E o homem se auto-intitula
Um ser inteligente
Na verdade absoluta
Ele é completamente demente