DEMÊNCIA

Continuando o raciocínio

De meu grande amigo

O poeta Pedro Nogueira

Lá vai a minha deixa

Eu não nasci bicho do mato

Mas trago no coração todo o tato

De saber respeitar a mãe terra

Isso é o mínimo que de nós ela espera

Anda o bicho homem

A cuspir no prato que come

Sabe que não vive sem respirar

E mesmo assim polui o ar

Continuando sua estupidez

Promovendo a devastação

E sem a menor polidez

Destrói a vegetação

A água então nem se fala

Uma preciosidade que a nada se compara

Alimento, energia, vida

E o homem usufrui, polui e brinda

Dizem que dos reinos existentes

O animal é o mais importante

Só porque no topo da cadeia

O homem diz que reina

Ninguém pode negar é a real soberania

Do onipotente reino mineral

Imaginem só um grão de areia

Ser mais importante que o homem racional

Não é mesmo uma ironia

Mas isso não é visto com simpatia

E o homem destrói e bate o pé

Só para afirmar qual poderoso ele é

Enquanto isso a terra ri e morre

E em sua simplicidade ainda nos acolhe

Fértil, rica, viril e linda

Lutando para sustentar tanta vida

E o homem se auto-intitula

Um ser inteligente

Na verdade absoluta

Ele é completamente demente

Aléssya
Enviado por Aléssya em 31/03/2007
Código do texto: T432359
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