E EU?

NA MANHÃ DE 01 DE JUNHO DE 2013

Pergunta-concha, sem boca de respostas.

Pergunta-ostra, sem boca de entradas.

Pergunta-espelho, sem boca de saídas.

Pergunta-asfixia, sem portas, sem janelas.

Pergunta-rabo, a morder-se sem destino.

Pergunta-pião a rodar-se, inútil.

E eu?

Pobre pergunta!

Coitada dela

mendiga

a esmolar-se, sozinha,

pelas ruas arriscadas da alma...

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