Maldito escarro, malditas tripas!
Talvez eu seja só um sopro
Que bagunça seu cabelo
Quem sabe um quebra-cabeça incompleto
Talvez eu precise parar
Puxo o último cigarro
E com ele a última lembrança vem à tona
Me sinto limitada moral e fisicamente
Estou na lona, estou perdida
Me apaixonei pela ideia de me apaixonar
Maldito escarro, malditas tripas!
Que condição mais frágil!
Eis a condição humana...
Sigo de olhos fechados
Sem saber o que me aguarda
Com uma dor visceral, dor de paixão!
Apaixonada pela vida, que me será tirada.
Impiedosamente...
Quero a essência, mas ela é invisível
Quero a eternidade, mas é intangível
Quero o infinito, mas é incomensurável
Que pobre condição!
Maldito escarro, malditas tripas!