ÁRVORE DO SUL.
Eis que sou
A árvore do sul,
A que não produz
Doces frutas,
De sangue nas raízes,
Sangue nas folhagens,
Onde corpos negros
Contorcem-se em dores,
Com a tal brisa,
Tenebrosa do sul,
Eu,
A estranha fruta,
Nos brancos álamos
Incólumes penduradas!
São cenas do valente sul.
A boca pede a pele,
Os olhos chamam...
No aroma das magnólias,
Ah, a chama repentina,
Da carne apaixonada.
Sou a fruta tardia arrancada
Pelo sol, chuva, vento,
Pelo tempo dizimada,
Ah, sou
Esta estranha
E amarga cultura.