A poesia
é um fio
que sustém
o meu sorriso
desde sempre
e para sempre!
Mesmo quando
eu era areia
e o mar se afogava
no meu colo.
Mesmo quando
eu era rola
de olhos de espanto.
Mesmo quando
eu era láparo
a correr de toca em toca
e só via
mato cerrado à volta!
Mesmo quando
eu era eco
dos encerrados vivos mortos
nas prisões das borboletas.
Mesmo quando
foi Abril
e desabrochei com os cravos!
Mesmo no tempo
dos liláses nos meus olhos...
Soa dentro de mim,
balada.
Soa dentro de mim,
búzio,
som de mistério,
magia que fica
a pairar...
Música viva!
Impulsiva
sonho e
escrevo.