Sonhos

Atira-te daquele penhasco de sonhos queridos

De sonhos sonhados por um enfermo sem razão.

Do soldado que morreu ferido;

Do travesso que morreu em vão.

Atira-te naquele abismo de sonhos afugentados.

Relembra das tramas de sofá, do aconchego e do afago.

Reviva as aventuras de tua distração.

Abraça aquela infância que lhe fugiu das mãos.

Afogue-se naquele rio de superstição

Estraçalhe estas correntes de ostentação.

Liberta-te! Viva as vidas dos teus sonhos.

Encontra-te em teus tantos cantos, e nestes contos.

Escute! É o trem da vida lhe chamando,

Clamando que não o perca, Aproveite!

Há tantos vagões diferentes, infinitos são.

Embarque nestes sonhos e viagens, e viva!

...

Atira-te daquele penhasco de sonhos esquecidos

E verás que a queda lhe será um voo.

Daniel Reis
Enviado por Daniel Reis em 19/05/2013
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T4298946
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