Reiniciar

Quando a curiosidade humana acabar,

nada mais terá sentido,

nem um abraço do pai,

nem da mãe ou de um amigo...

Não sirvo-me de abrigo...

Nem posso fugir...

Se me toco ou me deixo tocar,

é por não me conhecer.

E na busca desta identidade,

estou velho, fraco, incoerente.

Nada tem sentido...

São sombras sem luz;

naufragado no vácuo;

procura por uma estrela;

que não consigo entender,

que por não acha-la,

é porque esta estrela,

sou eu a procura de mim.

Jorge Cunha
Enviado por Jorge Cunha em 19/05/2013
Reeditado em 01/06/2013
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