Vão ao Andarilho

Vão ao Andarilho

Permaneço neste vão que corre pelo andarilho,

Onde há faces que estão mortas ou já não há alívio.

O tempo que aqui me prende, também me conserva.

Os olhos baixos ao redor respiram o cansaço da terra.

E eu permaneço atento e perseguindo olhares.

E mesmo o silêncio vazio me transpõe a outros lugares,

Continuo na sede de apossar outros pensamentos,

Dos mesmos olhos baixos e vidas cansadas do tempo.

Sinto no pulsar a pressa de quem deseja a partida,

A vida brinca com sonhos envolvendo em idas e vindas,

Meus anseios são os mesmos até por toda a eternidade,

Até que eu encontre outro destino e outra realidade.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 16/05/2013
Código do texto: T4293779
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