Vão ao Andarilho
Vão ao Andarilho
Permaneço neste vão que corre pelo andarilho,
Onde há faces que estão mortas ou já não há alívio.
O tempo que aqui me prende, também me conserva.
Os olhos baixos ao redor respiram o cansaço da terra.
E eu permaneço atento e perseguindo olhares.
E mesmo o silêncio vazio me transpõe a outros lugares,
Continuo na sede de apossar outros pensamentos,
Dos mesmos olhos baixos e vidas cansadas do tempo.
Sinto no pulsar a pressa de quem deseja a partida,
A vida brinca com sonhos envolvendo em idas e vindas,
Meus anseios são os mesmos até por toda a eternidade,
Até que eu encontre outro destino e outra realidade.
Victor Cartier