O QUE É

Como uma brisa do mar,
Que amanha, ganha lugar,
Na enigmática imensidade.

Ou como uma ventania,
Que derrama intensidade,
Na inconstante travessia.

Assim deve ser a poesia,
Ora macia, ora inquieta,
Sendo o que é na alma do poeta.



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É ASSIM

Poesia - alegria,
tristeza, também, com certeza,
muda como a ventania
que sopra forte, ou vazia,
porém cheia de beleza.
Do meu eu ela depende,
às evidências se rende,
reflete como um espelho
estes meus olhos vermelhos
tão cansados de chorar.
Depende, até, do lugar,
daquele momento, da hora,
se chove, se faz sol lá fora,
e do prazer de sonhar.

 Assim é a poesia
que faço, pra mim, pra você.
Afinal virou mania
que tenho, nem sei por quê.

(HLuna)