Na escuridão do pensamento

Na escuridão do meu cérebro febril;

trago lembranças sórdidas do meu viver

quão a uma criança indefesa aos infortúnios.

A cobardia invadia minha alma,

tentando roubar-me o mais precioso;

o intelecto da vida humana.

Sinto através do tempo a maldade tentando

Arrancar de minhas entranhas

o perfume suave do amor.

Mas, esta essência do amor,

tem esquadrinhado o meu ser,

tornando-me capaz de viver sempre o impossível.

Vi-me fisicamente acorrentado no calabouço espantoso,

nos esgotos e na lama que a vida me conduziu,

anestesiado pelos icebergs na alma.

Mas com a certeza de um lindo raio de sol aquecer-me.

Quando criança, um mal trapilho,

pé descalço no chão de barro.

Queimado do sol abrasador,

rastelando folhas secas pelo chão,

ou cortando lenha com machado,

para o jantar a luz de velas.

Às vezes vivendo por viver,

mas no agente da alma,

uma esperança no porvir.

A vida me proporcionaria muitas intempéries.

Mas a chama do querer inundou meu coração

com grandes realizações, trazendo-me o

luminoso sol da justiça sobre minha existência.

Sei que havia dois caminhos para uma escolha,

por motivos da infelicidade; mas Deus brioso e Santo,

proferiu evidências ao amor.

Trazendo o bálsamo da ternura sobre minha alma cansada.

Hoje a emoção faz parte de minha vivência,

tenho compreendido o verdadeiro sentido de viver,

sonhar, superar os traumas das noites sombrias,

sob um luar dourado no lacrimejar de minha alma.

Hoje deslumbro como herói, os marasmos vividos

em minha infância e juventude.

Tenho galgado com amor, coragem e determinação

Todos os acabrunhamentos nesta rica história de vida.

Porfiarei para sempre este amor intenso que me faz feliz.

Querer é poder!...

Luiz Marco

No devaneio da alma

No devaneio, andas desvanecida sobre o gemido de uma vida errante em busca de alento, para saciar a sede de poder viver horizonte de felicidade.

Esta felicidade que no alvitre do sofrer está distante da vida que tanto almejas desde o apogeu da infância que te fez o saber.

As vezes pensas que não vai conseguir trilhar os caminhos que outrora sonhou, por conta da tristeza da alma, em conseqüência das mazelas que vem vivendo a vida terrena.

Mazela essa que corrói a alma do mais virtuoso coração, trazendo apenas a solidão como companheira das horas tristes de um nômade desnorteado.

As vezes a ironia do acaso tenta mostrar-lhe que nunca chegaras ao pódio, de que, tanto deseja tua alma vivenciar com lagrimas de felicidade a vitória alcançada, e poder exuberar a vida com alegria.

Mas, nos labirintos de teu âmago, algo me diz que tu és mais que vencedora nesta história de reflexões sob uma vida que não chega ao fim.

Com isto continuas a persistir, com toda eficácia que lhe resta, o triunfo que sempre sonhou com dourados de vitória.

Que os anjos lhe venham mudar, em favos de mel toda amargura que lhe invadem o peito amortecido pelas tristezas da alma.

Por tanto, irradias nesta esperança de poder cantar e encantar-se com o sobrenatural que esta por vir, depois de tantos nefastos e lamúrias.

Luiz Marco