Indagações.
Quando descansarei quando?
enquanto aqui em mim suspiro
no significado do indefinido
Nas côres da velha aquarela.
Alguns passos a mais quem sabe,
outros a relembrar outras eras
um soluço a trotar na passarela,
ou um riso de alguma fantasia!
E o mundo caminho de estações.
Olho em meus dias saturando
os termos do amor em compasso,
sigo assim ,mesmo cansado,
horizontes que seguem incertos
a ouvir ladainhas da existência,
já não suporto tanta penitência,
algo errado no que me cerca,
futuro faturado de durezas,
há indefinida equação de sobras,
sombras serpenteiam como cobras,
mas a fé insiste em nalgum termo,
a vida a me fazer algumas dobras.
É quando se percebem as solidões
dos árticos congelados da alma,
faminta por algo que não vi ainda
sobre a longa existência,
em busca de respostas exatas.
paro aqui e ali e nada encontro.
Na sombra fagueira dalgum abraço,
ouvindo uma declaração de amor,
há muito esperada...