Precipitações

Eu queria controlar o mundo

o meu, que fossse,

e já seria muito.

Queria controlar o que suga o meu corpo

o que absorve a minha pele e alma,

o que fica.

Eu nunca havia me dado conta

de quantas coisas cabem aqui.

Agora,

agora que coloco tudo para fora,

dói mais por nunca ter entendido a extensa

quantidade de excessos que colecionava.

Não servem para nada.

Não sirvo para nada.

O meus excessos me transbordam

e escorrem por lágrimas.

Quando eu penso que tudo se foi,

a chuva se condensa e,

eventualmente,

precipita.

http://pensando-emvozalta.blogspot.com.br/2013/05/precipitacoes.html

Louise Hammer
Enviado por Louise Hammer em 13/05/2013
Código do texto: T4289059
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