Obtusamente
O que é isso que somos?
O que é isso que nos tornamos?
Nada de bom desde que aqui estamos
Nada aconteceu daquilo que esperamos
Crenças, ilusões
Sonhos, devaneios
Luz, escuridão
Nascemos cindidos ao meio
E disso tudo, o que fizemos?
Afinal, pra quê viemos?
Sempre obtusos, sempre tormentos
Sempre demais, além dos momentos.
Nada se sabe do que há de vir
mas tudo bem se nada mudar.
Há sempre espaço pra humanidade
A falsa irmandade que só faz chorar.