PRETO E POBRE OU PRETO DE TÃO POBRE
Vivo nos guetos os apertos dos becos
Nos labirintos não mas me perco
As margens do mundo sigo sem rumo
Isolado nas sombras de um submundo
A escuridão da pele escurece a visão
....do sistema vilão
Tornando-me invisível diante do espelho
...das metrópoles
Livre dos grilhões me escraviza o capital
...que com o peso da sua mão invisível
...semeia a desigualdade
Não quero piedade, sim igualdade
Quero a capacidade de pagar o preço
As cercas elétricas do preconceito me chocam
Nas telas só o preto da tv desligada.