Ser, Estar...
O tempo passa
E me percebe parado
Indiferente à sua passagem
Inconsciente da sua importância
O estar me basta
Mas eu não lhe valorizo o bastante
Não o economizo em nenhum instante
Não uso adequadamente a graça de ser
Eles me encontram num endereço ermo
Nas periferias, se esse é o termo,
Do jardim divino que me ampara
Que dá condições de existência rara
Na imensidão incompreensível do universo
São as ferramentas que me envolvem
Que me dão as chances tão desperdiçadas
A um intelecto quem não entende nada
Dos propósitos desse existir
De curto alcance essas antenas
Circunscrevendo-me a essa arena
Na qual vegeto sem evoluir