Como fora um pássaro agourento
De lento movimento...


Assim não percebi quando chegou,
Aglutinou 
Em meu ombro pousou sua pata fria 
Tamanha cerração iludiu minha visão
Não lembro a cor do  momento ou o tom de meu sentimento,
Se neste instante morri ou se apenas consenti...
Sei que em mim se enraizou.


Antes fosse tal invasão em carne
Um asqueroso berne que me tirasse nacos
...Mas a isto não concerne.
Pousou em meu  ombro escondido
No que vive por dentro,
Aturdido...
No cerne...



Ora fica por fora um reflexo que ecoa
Sobrevoa...
Mas por dentro...
É dor em mente...dormente...
De quem  sente 
Se ressente 

Mas cala e nunca mais fala


E quando a alma não comenta, estaca
Feito dor violenta
Internamente roendo
Remoendo
Comendo
Eterna em mente
Eternamente...  

Adah
Enviado por Adah em 25/04/2013
Reeditado em 25/04/2013
Código do texto: T4258194
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