O Fim

Haviam, aliás, há em mim tantas memórias vivas

Tantos mares infinitamente densos

Tantas correntes inquebráveis

Tantas palavras poderosas

Tantas máscaras incontáveis e intermináveis

Tantos fatos guardados

Tantos sentimentos trancafiados

Tantas cicatrizes que jamais esquecerei

Tantos momentos de um silêncio tão gritante

Tantas soluções sem aplicações

Tantos momentos acompanhados da solidão

Tantas Verdades falsas, ou falsas verdades

Tantas “palavras” manipuladas pela “verdade”

Tantos erros insana e incessantemente cometidos

Tantos traços de história (ou estórias) jamais vividas

Tanta coerência incoerente, aliás, incoerente coerência

Tantos olhos maliciosos com vozes tão surdas

Tantas Sagas interminadas

Tantos Fins.

Fora um abismo criado por seu Deus (Eu[?]) para trancá-lo pelo tempo infinito em seu paraíso solitário. Havia tanta razão. Tanta coerência. Havia, finalmente, não uma solução, mas sim respostas. Foi de fato necessário trancá-lo no fundo de sua alma. Na maior de suas introspecções. Assim e só assim seria ele capaz de entender o abismo escuro de seu ser. Sua escuridão, seu mal, seu ego. Seu Eu.

Aquele ser, desde sempre, estivera condenado a si mesmo. Condenado ao que era, ao que seria. Ao que foi. Alma. Ele havia se entendido, aos seus mares e marés, abismos, correntes, máscaras, falas, palavras, silêncio.

Finalmente ele estava bem consigo mesmo.

Aquele era Ele.

Aquele era Eu.

Aquele era Você.

Aquele era...

...Victor Said.

Ao Menos,

Por Algum tempo.

Victor Said ss
Enviado por Victor Said ss em 24/04/2013
Código do texto: T4256965
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