ENTRE ERROS E ACERTOS

Ando, perambulo no fim de tarde,
O sol se esconde em uma nuvem,
Solitário como agora me sinto,
A cidade mais parece um labirinto,
Uma ânsia por liberdade,
Arde nos olhares dos passantes,
Que como eu, caminham errantes,
Me olham, mas, não me veem,
Não percebem a paisagem entardecida,
É a pressa de chegarem a algum lugar,
É a exigência concreta da vida,
Nesse inconstante vai e vem...
Muitas coisas passam despercebidas,
Muitos sonhos se perdem,
Nas entrelinhas horizontais,
O sol se põe lentamente,
Lento como as minhas passadas,
Ao contrário dos outros, não tenho pressa,
Já corri demais, inventei tangentes,
Amei, desamei, acertei, errei,
Mais errei do que acertei,
Hoje vivo da saudade,
Saudade dos sonhos que eu não sonhei.