A Sentinela da Noite

Fazia tempo

As pessoas já não notavam mais

Os olhos, já não mais encaravam

As vozes, já se calaram

O ar, já não pesava tanto.

Quando olhei nos olhos do abismo

Encontrei a beleza que faltava aos meus olhos

Eles brilhavam tanto quanto a lua

Mas eram tão solitários quanto o sol

Sua imensidão se equiparava ao vazio

A alma já estava em decadência.

Quando disseram que não havia escolha:

Ele escolheu escolher.

A fé, a vontade e a paixão

O medo, a loucura e a solidão

Ele não os renegou

Ele os abraçou

Ao amor, ao ódio; a tristeza e alegria

Ao paradoxo e o equilíbrio.

Não havia mais palavras, não havia mais poder.

Não havia mais sanidade, não havia mais determinação

Não havia por que, não havia mais como

Havia incerteza, havia insegurança

Havia Insanidade, havia mentiras

Havia Medo, e Trevas.

Quando olhou,

Nada poderia fazer, era o amor

O amor obsessivo

O amor medroso

O amor sem fim

O amor,

Apenas amor.

Sempre que olhasse a lua,

Perceberia a solidão, o vazio e a escuridão

Além da luz, da beleza e da compaixão

Mas também, o porquê e o o quê.

Seria o tanto faz, e o tanto fez.

Não queria saber, mas estava a viver.

O jogo da vida começou,

O resultado final seria a morte?,

O caminho é feito de escolhas,

E a consequência são os sentimentos,

Será por que não teria um por quê?

Ou será por que sempre houvera um por quê?

Jamais iria saber.

Victor Said ss
Enviado por Victor Said ss em 21/04/2013
Código do texto: T4251962
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