A doença.
Chegava pomposo em um bar
Fazia questão de gritar
Bodegueiro vê minha conta
Que hoje vim para lhe pagar
Tirava o dinheiro do bolso
Querendo ser o melhor do freguês
Pois a sua doença era tanta
Pagava a conta só para se garantir, para o próximo mês
Este era o pensamento deste ser doente
Que infelizmente só vivia para o seu bem estar
Não percebendo que sua vida corria perigo
Com espírito e corpo quase a naufragar
A família em casa perecendo
Com suas loucuras insanas
A esposa não mais o suportava
Esta sua vida mundana
Chegava muito bêbado em casa
Ia direto se deitar
Tirava suas roupas e sapatos
Era um mau cheiro que exalado pelo ar
Passando muitos anos sem beber
Hoje observa a esposa dormindo inocente
Ela sempre com o braço tomando distancia
Evitando inconscientemente o cheiro da aguardente.