A doença.

Chegava pomposo em um bar

Fazia questão de gritar

Bodegueiro vê minha conta

Que hoje vim para lhe pagar

Tirava o dinheiro do bolso

Querendo ser o melhor do freguês

Pois a sua doença era tanta

Pagava a conta só para se garantir, para o próximo mês

Este era o pensamento deste ser doente

Que infelizmente só vivia para o seu bem estar

Não percebendo que sua vida corria perigo

Com espírito e corpo quase a naufragar

A família em casa perecendo

Com suas loucuras insanas

A esposa não mais o suportava

Esta sua vida mundana

Chegava muito bêbado em casa

Ia direto se deitar

Tirava suas roupas e sapatos

Era um mau cheiro que exalado pelo ar

Passando muitos anos sem beber

Hoje observa a esposa dormindo inocente

Ela sempre com o braço tomando distancia

Evitando inconscientemente o cheiro da aguardente.

Luiz Carlos Brizola
Enviado por Luiz Carlos Brizola em 20/04/2013
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