Minha Loja de São João!
Minha Loja de São João!
Trabalha com pedras.
São Pedras polidas para a construção.
Especialmente para Templos à Virtude!
O refugo da pedra desbastada guarnece a masmorra.
Minha Oficina não tem janelas,
Nem tão pouco uma cobertura.
Meu teto é céu com sua Abobada celeste
Com as constelações, Astros,
Sobretudo o Sol contrastando coma a Lua.
Tem a largura, de Norte ao Sul,
Altura, da Terra ao Céu.
Profundidade, da superfície ao centro da Terra.
Ó quão bom e suave é viver em União.
Trabalho mais de oito horas diário.
Inicialmente vedado nem nu nem vestido.
Ombro esquerdo desvestido
Perna direita regaçada e pé direito descalço.
Depois de provado o amargo da vida profana
Bebi o doce da Taça Sagrada.
Enxerguei a Luz da sapiência,
Deixando a escuridão da ignorância.
Um avental me guarnece protegendo dos cascalhos.
Minhas ferramentas são: o malho e o cinzel,
Régua, esquadro e compasso.
O prumo e o nível corrigem as minhas obras.
Amós vê o prumo e o coloca no meio do povo de Israel.
Por acordo Sindical consegui:
Trabalhar do meio-dia à meia-noite, e,
Receber o salário após três anos de trabalho.
Sou reconhecido por seus irmãos
Depois, recebo somente decorrido cinco anos.
Quando vejo a Estrela Flamígena
Finalmente meu salário é pago passado os sete anos.
Quando a acácia me é conhecida.
Hoje a Loja tem sua porta serrada por luto.
Morreu meu arquiteto Hiram Abif.
Há Senhor meu Deus!
E o pó volte à terra como o era.
O Espírito volte a Deus que O Deu.
Vaidade de vaidade!
Diz o Pregador: tudo é vaidade.
José Francisco Ferraz Luz MI
CIM n.º 186.479