O Medo
Estou perdido?
Não encontro um caminho...
Não consigo mais pensar!
O medo toma conta de minha alma...
Me esqueço do medo!
Não me sinto mais perdido...
Domino minha mente.
Desejo outros caminhos.
Minha força me impele ao desconhecido!
Não estou com medo.
Em meu espírito a força da liberdade.
Não entrarei na clausura de minha imaginação.
Me sentirei forte!
Nunca me sentirei perdido.
Sempre estarei livre!
Ah!
Sou um humano!
Não importa a estirpe...
Na horas de solidão ei de lembrar...
Pois sei que um fim terei!
Um saber que me faz odiar a inocência de outros viventes.
O mesmo saber, que traz o medo...
Terror da morte!
Medo do amor!
Pavor da liberdade!
Por muito tempo divagando...
Em minha mente a minha vida....
Meus caminhos percorridos...
Não enxergo além da morte!
A solidão do desconhecido.
Me perco nos caminhos do amor!
O ardente mistério.
A liberdade não decifro!
Serei antes devorado.
Eis que me levo ao verdadeiro inimigo...
O medo.
Este é a morte!
O frio que está dentro de mim...
Pelo amor e a liberdade, terei a vitória final...
O triunfo da eternidade.
Não terminarei só!
Entre os trovões da tempestade...
Pensamentos que registrei, na fria e chuvosa noite, de 12 de dezembro de 1992.
Copyleft (C) 1992 Sincero Zeferino Filho (Oheremita)