Lembranças de água e sal

Apesar de cegas,

Nossas aspirações desprezam passos lentos

Por natureza servidas de atrevimento

andam descalças, as vezes saltam

se igualam a raposa mas bebem pouca água

Devido a pressa,

incompreendem o marinheiro em seu barco de papel

destituem o acaso, polarizam descobertas

até serem surpreendidas

Justo essas passagens retaliam convicções

Assim sucedeu,

Havíamos estendido numa linha turva sonhos retilíneos

dobrados, ocorreu do ar vos faltar

mas talvez por fazer de outrem depósito de projeções ninares

Permanecemo-nos sufocados, ainda

Após a queda,

Reitero e enterro lembranças de água e sal

o que ostento agora são prelúdios da eternidade

espiamos o insólito com fagulhas de ironia

Temos o que somos e não tememos

David Ribeiro
Enviado por David Ribeiro em 19/04/2013
Código do texto: T4248327
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