Lembranças de água e sal
Apesar de cegas,
Nossas aspirações desprezam passos lentos
Por natureza servidas de atrevimento
andam descalças, as vezes saltam
se igualam a raposa mas bebem pouca água
Devido a pressa,
incompreendem o marinheiro em seu barco de papel
destituem o acaso, polarizam descobertas
até serem surpreendidas
Justo essas passagens retaliam convicções
Assim sucedeu,
Havíamos estendido numa linha turva sonhos retilíneos
dobrados, ocorreu do ar vos faltar
mas talvez por fazer de outrem depósito de projeções ninares
Permanecemo-nos sufocados, ainda
Após a queda,
Reitero e enterro lembranças de água e sal
o que ostento agora são prelúdios da eternidade
espiamos o insólito com fagulhas de ironia
Temos o que somos e não tememos