Ver a onça dar o bote.
Pessoas pobres, sem emoção
apenas fazem o mínimo possível
Como pedras deixadas no chão
Jamais se atiram no amor invisível
Pobres sombras esquálidas, inuteis.
Fazem suas tarefas automáticas.
São pontas do Iceberg tão fúteis
De uma realidade tão sistemática
Ainda que sobrevivam ao caos
Escondem-se das tormentas
Não tem gosto; doce ou sal.
Suas almas são vazias, ocas.
Andam pela vida buscando nada.
Apenas imitam, não criam; procriam.
Vão ao mercado, jamais à caçada.
Não tem sentimentos, sequer choram.
Nunca saberão da beleza desta vida
Jamais verão a onça dar seu bote
Pois temem que possam ser feridas
Não sabem que viver é pura sorte
Quero saber de gente de verdade
Que sabe do valor de um abraço
Do respeito e verdadeira amizade
Que na vida deve-se criar laços.