O tempo e o vento
O tempo canta para mim...
Ouço sua voz como um algoz...
Cantando em silencio na hora da execução...
Sem paixão pelo desfecho...
Mas a canção fica gravada na mente...
Incoerente no subconsciente...
De uma forma quase indecente...
Fazendo disso uma canção...
Nas horas dormidas e vividas...
Nas canções de ninar gente grande...
Que se sente pequena...
Em plena manhã de domingo.
Ouvindo um prelúdio de Bethoven...
Ou uma canção para Ana...
Que te faz suspirar desejando...
Que tivesse sido você... A musa que a inspirou!
Mas nada faz cessar o tempo...
E a canção continua...
Como os raios da lua que ilumina a noite...
Tenebrosa é a mente que alucina...
Fazendo-te eterna menina...
Em não querer crescer para não ser...
Aquela que sempre fez chorar...
Por nunca estar em sintonia...
Com a sinfonia do tempo...
No exato momento seu...
Com o tempo e o vento...
No seu pensamento...
Que são fragmentos...
Da vida!