Mineiro de esmeraldas
Sinto-me ridículo caçando esmeraldas
Picaretando rochas inférteis e escassas.
Procurando o verde em paupérrimos amálgamas
Peneirando pós de pedras já lascadas.
Não, mas não me culpe por caçar esses laços
E cometer deslizes, os erros mais crassos.
Sou rude mineiro que precisa ferir
Pedradas camadas e as esmeraldas tão imaculadas
Delas extrair
É, não sei por que caço esmeraldas
Se tenho ametistas, turmalinas lapidadas,
Rubis, diamantes, esferas nacaradas
Muito mais valiosas que as ociosas e maliciosas
Esmeraldas vagas.