Se rabisco este poema de amor
É por uma quase flor
 antes fincada,
Mas que uma vez colhida,

Ficou num canto esquecida...
(E só as flores fincadas têm vida)

Quereria amparar com a mão
(Porque flores tristes pendem...)

Porque fica esta visão esquisita
E quem passa nem acredita fora risonha orquídea
O que s’encolhe e s’esconde a quem fita

Se rabisco este poema quase indolor

É por uma ressecada  flor
Jardim bisonho, desenho sem cor,
Entediante canção,
Móbile sem mão...


Atenho-me então às telas
Tão tingidas, tão sóbrias,
Um tanto belas...
As reais, não as cultivo mais...
(Porque flores se ressentem)

 

...Meu verso jamais fora sábio
Mas sabia.
Num canto, 
ressequida,
A rara flor veria

(Profecia...)
Adah
Enviado por Adah em 08/04/2013
Reeditado em 08/04/2013
Código do texto: T4229779
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