AMARRAS.
Dos amores bem vividos
Ficam brasas adormecidas
Escondidas em segredo
Nas dobras do coração
Verdades inconfessáveis,
Lembranças inapagáveis
São como fotografias
Nos álbuns de nossas vidas.
Os amores do passado
São alimento das almas
Dos que viveram paixões
Incendiadoras de corpos
Na mais ardorosa entrega
Da loucura sentimento
Dos amores do passado
Ficam eternas lembranças
Que subjugam e nos tomam
As rédeas do pensamento
Que queimam e dilaceram
A nossa fragilidade.
Dos amores do passado,
Restam marcas indeléveis
Tão fortes e tão intensas
Que não queremos sua morte
E que nos abandonem
Nos deixando órfãos à deriva
Das chamas pulsantes da paixão
Lembradas no presente
Do outono de nossas vidas